Dual Office, Impressões


Recentemente fiz a instalação do Dual Office, efetuei o cadastro no site www.dual-softwares.com e baixei a imagem iso completa por torrent.
Claro que não quis arriscar, então fiz a instalação em uma máquina virtual, utilizei o vmware, para isso tive que criar uma maquina virtual de 10 Gygabytes, o mínimo para poder instalar todo o sistema era 8,5 Gb.Ressalto que a instalação completa demorou mais de uma hora no meu Atlhon 64X2 4000+ com 1Gb de ram e hd sata 2. O sistema possui um instalador chamado SSI que faz todo o processo de instalação sem perguntar nada. Nas imagens que posto abaixo, logo no final da instalação dá pra ver que é inegável a aparência com o Fedora.Detalhe, depois de 240 horas o programa fica pedindo serial, não testei para ver se ele desativa alguma função.





Primeiro Boot:


Minhas impressões.

Não gostei muito do sistema, é mais um para imitar a interface do windows, algo que nunca gostei em uma distribuição. Veja algumas imagens na tela do logon e depois:




A suíte office instalada é o BrOffice, não usei muito para ver se tinha outras funcionalidades.
Possui um painel de controle bem organizado, não tive como testar o beryl por estar em uma maquina virtual, quando eu tentei fazer isso, o X reiniciou. Não explorei muito, se vocês repararam em algumas imagens eu mudei o tema para o do windows vista, em uma das telas da para perceber que suas estrutura de pastas é diferente, existem alguns diretórios raiz, pelo visto para aplicações para windows 2000 e 98. É utilizado o Crossover para instalar aplicações, tentei instalar o office 2007 mas não obtive sucesso, vem com vários aplicativos, pelas imagens pode se perceber muita coisa.

Achei rápido por estar em uma maquina virtual, só não gostei por não vir com o mplayer como player de vídeo e sim o totem, mas pelo visto executa vários formatos multimídia.

Conclusão:

Achei interessante o sistema, principalmente por que parece ter um bom suporte por parte da empresa, lembrando que é preciso adiquirir um serial para se poder usa-lo plenamente.
Acho que não vai vingar entre os usuários domésticos, não gosto da ideia de ter que colocar serial em uma distribuição linux só para poder baixar atualizações.
Eu não usaria como sistema default na minha maquina, isso por causa da interface, mesmo que haja possibilidade de mudança, é um Gnome modificado para se parecer com o windows.
Utiliza o yum como instalador de pacotes, está ai minha suspeita que seja um remix do Fedora.
Mas vai aqui uma pergunta, como fica o licenciamento do Crossover e será que essa interface windows like não geraria problemas com a Microsoft?

Sinto não poder falar mais sobre o sistema, pois quis apenas testar para ver como era.
Se houver algum erro no post, por favor me reportem para que eu possa consertar.

Comentários

  1. Numa "realidade" onde cê pode baixar ou pedir um CD de graça do Ubuntu pela NET, que por acaso,é a distro mais popular e fácil de usar já proposta pelo universo Linux, não! Obrigado..! ^^

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  2. Você pode conSertar o seu último parágrafo: "Se houver algum erro no post, por favor me reportem para que eu possa concertar."

    Conserto = reparo, ajuste
    Concerto = sinfonia

    Tirando isso, do que vale colocar um monte de telas do sistema se não conseguiu testar nada?

    Para ver screenshots, seu artigo é ótimo.

    Um abraço!

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  3. Valeu!!!
    Já corrigi.
    Quanto aos screenshots, não pude fazer uma análise mais detalhada do sistema devido ao pouco tempo que tenho, faculdade e trabalho.
    Coloquei vários screenshots para que pudessem ter uma idéia do sistema.

    Muito Obrigado.

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  4. Gostaria de aprofundar uma pouco mais na história e explicar o porquê da padronização e da semelhança do Dual O/S com o padrão de mercado, e fatos relevantes que podem explicar o questionamento acima.

    Este fenômeno tem diversas causas relevantes e abordagens como: senso de oportunidade, estar no local certo na hora certa e métodos pouco ortodoxos de concorrência. Como os citados em certos processos de poder econômico e de mercado, possivelmente contribuam, mas isoladamente não explicam este quadro.

    Como forma de demonstrar este fenômeno é importante destacar:

    "O mercado (de computadores ou de eletrônicos de consumo) adota padrões porque os usuários insistem na padronização. A padronização serve para garantir intercâmbio operacional, para minimizar o treinamento do usuário e, claro, para fomentar ao máximo a indústria de software. Qualquer empresa desejosa de criar um padrão terá de estabelecer preços razoáveis, caso contrário o padrão não será adotado. O mercado na verdade escolhe um padrão que tenha preço razoável e o substitui quando se torna obsoleto ou caro demais". ¹

    Como exemplo bem conhecido deste fenômeno é válido lembrar do caso Betamax x VHS, hoje praticamente substituídos pelo DVD. Se os padrões de mercado são adotados porque garantem o intercâmbio operacional e minimizam o treinamento, como sugere Mr. Willian Gates, cabe questionar a forma como surgem os padrões.

    De maneira geral, os padrões são construídos em um período evolutivo de longa duração, criado através do conhecimento acumulado a partir de diversas fontes.

    O primeiro automóvel de quatro rodas foi criado em 1896, pelo alemão Gottlieb Daimler, um cosmopolita que fundou indústrias na Alemanha, França e Inglaterra. É importante ressaltar ainda que o primeiro automóvel produzido em escala nos Estados Unidos foi o Curved Dash Oldsmobile, em 1901. Porém ele ganhou popularidade somente quando Henry Ford criou a linha de montagem em 1913/1914, quando os custos de produção foram reduzidos e um automóvel era montado a cada noventa e três (93) minutos ².

    Ao passo que a interface gráfica (GUI - Graphical User Interface) dos computadores foi originalmente desenvolvida pelo Centro de Pesquisas de Palo Alto da Xerox Corp. (PARC) nos anos 70, o qual introduziu conceitos como "WIMP" - Windows, Icons, Mice e Ponteirs (ou seja, janelas, ícones, mouse e ponteiros). Ela tornou-se popular somente a partir dos anos 80, quando foi introduzida nos produtos Apple e Microsoft no mercado, sendo inclusive ponto de disputa judicial entre empresas:

    "Não Steve (Jobs da Apple), o caso parece mais como se nós dois tivéssemos um vizinho muito rico chamado Xerox, e você arrombou a casa dele para roubar a televisão. Ao perceber que eu havia feito isso primeiro, você disse: "Isso não é justo. Eu quero roubar a TV!", essa foi a resposta de Bill Gates a Steve Jobs após ser acusado de adotar no Windows 1.0 a GUI da Apple". ³

    Na verdade o Windows 1.0 foi um figurante no mercado até janeiro de 1987, quando um programa compatível com a plataforma denominada Aldus Pagemaker 1.0 foi lançada. Tratava-se de publicação WYSIWIG4 para computadores pessoais. Após algum tempo, a Microsoft lançou a planilha Excel, e outros populares os seguiram, como o Word e Corel Draw.

    Assim como a interface gráfica já existia desde os anos 70, e mesmo com a sua incorporação pela Microsoft e pela Apple nos anos 80, o que tornou a solução popular foi a disponibilização de aplicações, que agregou valor para os usuários.

    Os padrões são estímulos à medida que é percebido pelo mercado um valor agregado, como por exemplo: facilidade de adoção, menor custo e aumento de produtividade.

    A ausência de um concorrente de mercado, com tais características, faz com que o padrão de mercado avance, criando um perigoso monopólio na área.

    Questionado se não teme represália da companhia de Bill Gates, o presidente da Dual Softwares, Sandro Nunes, não demonstrou preocupação. "A forma como um programa é apresentado não é protegida", justifica. Isso talvez explique as similaridades entre o Windows Vista e outros programas.

    No caso Lindows x Microsoft, como relata a matéria, a Lindows decidiu mudar o nome da sua distribuição para Linspire devido aos processos judiciais levantados pela Microsoft, pela semelhança da palavra Lindows com Windows. Nesse processo a Microsoft alegou "semelhança auditiva a Windows". Deixando claro que a briga da Microsoft era com o nome da marca Lindows e não pela forma como o programa se apresenta, tornando infundada a comparação citada no início da matéria "Linux: seis distribuições para usuários que querem usar o sistema desktop".

    1 - The Road Ahaed, Mr. Willian Gates II, página 84 (1995).

    2 - "You See Is What You Get".

    3 - http://inventors.about.com.

    4 - http://www.apple-history.com .

    5 - http://www.pcmanias.com/index.php?link=news&show_n_id=345.

    Em relação a escolher o Ubuntu como o mencionado no comentário abaixo, se o seu Ubuntu não funcionar quem irá socorrer? Você usuário do Ubuntu deve saber ou ter uma noção de como fazer isso, mas a preocupação maior da Dual Softwares é ofertar um suporte técnico de qualidade para que possa socorrer o todos os usuário, mesmo aqueles com pouquíssima noção de informática, a qualquer hora.
    Optamos pela semelhança com o padrão de mercado não por que acreditamos ser este o mais bonito, mas a opção feita pela empresa é porque esta é a forma que o usuário mais se identifica.
    De que adianta ser mais uma das centenas de distribuições Linux se os usuários já demonstraram interesse em continuar utilizando o software que "eles já conhecem?".
    Se Ubuntu tivesse toda esta aceitação que o nosso amigo escreve logo acima, gratuito e com o pesado marketing que faz mundialmente, porque é que o maior concorrente do Windows é o Windows Pirata?
    Temos de nos adequar ao que o mercado pede e não "enfiar goela abaixo" porque acreditamos que temos o melhor.

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  5. Ótimo comentario, e lembrando que a utilização de determinada distribuição é questão de gosto, por exemplo o Debian é largamente utilizado, facil de atualizar etc etc etc, mas nem todos usam debian isto por que temos liberdade, é por isso que uma determinada distribuição mesmo tendo poucos usuários pode continuar existindo, temos exemplos como o Slackware, que é uma distribuição muito utilizada, mas ao mesmo tempo ostilizada por muitos, temos casos de distribuições que praticamente dominam o meio comercial como o caso da SuSe, RedHat, Mandriva(Na europa), Xandros etc que possuem caracteristicas próprias e possuem mercado, outros exemplos é o caso do Kurumin, adorado por uns, odiado por outros, mas quando o Morimoto falou que pararia, uma chuva de pessoas pediu no forum que o sistema não fosse descontinuado. Por isso, o caso da Dual, e espero que ela se mantenha não faça como outras distro nacionais que sumiram como a Definiti Linux ou o Tech Linux, a distribuição tem um mercado próprio, foco em empresas e em clientes como os usuários de computadores como o caso dos que vem com o linux, que a maioria pega e substitui por windows pirata.
    A interface não me agrada, mas sei que agrada muitas pessoas, em diversas empresas que tive oportunidade de fazer migração, pelo menos 70% pediu para que eu deixa-se a interface semelhante ao Windows para que os usuários não ficasem perdidos, lembren-se os usuários se acostumam com a forma que as coisas funcionam, é por isso que o windows deu certo, os usuários até agora ainda não aceitaram bem o vista por isso as coisas mudaram muito. Creio que seguir um modelo, pode ser uma boa.
    Espero que todos pensem como a liberdade ajuda, se fosse para ter uma unica distribuição, provavelmente o GNULinux não teria o publico que tem hoje, pensem nisso. Cada um tem um gosto, o meu não é necessáriamente o de vocês.
    Fabio
    www.aslbr.com.br

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